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Sónia Costa uma entrevista de perfil jornalístico


Uma mulher do Porto, com muito orgulho na sua cidade e a quem o sotaque não trái

Ouvir a Sónia, pela forma calorosa de se exprimir, tão típica das gentes desta cidade e o seu sotaque e expressão, é por si só um vislumbre das qualidades, que fazem da nossa gente, símbolo de calor humano e hospitalidade.

Ainda mal tínhamos iniciado a conversa, e essa jovem de 1976, da famosa cepa da freguesia de S. Nicolau, tinha já descrito, com um misto de entusiasmo e nostalgia, esses locais da sua infância, fazendo referência aos seus pais, orgulha-se principalmente da sua mãe, pois com um divórcio poucos anos após o seu nascimento, foi a mãe, com o apoio da avó, que se ocupou da sua educação e criação, assim podemos dizer.

No seio de uma família monoparental, criada pela avó, do pai sabe bem o nome, mas tem na sua mãe o exemplo guerreiro, de quem desde sempre batalhou, para que na família nada faltasse, constituindo-se deste modo a sua âncora e a sua personagem modelo.


Recorda com um brilho nos olhos, as velhas amizades e os locais familiares ainda existentes, esses sítios hoje, tão procurados pelo turismo, que nos contam estórias em cada esquina das suas estreitas ruas. Carneiro de signo, afirma a sua tenacidade nas descrições do Zodíaco.


Faz os primeiros anos na escola primária de S. Francisco, no Porto, e daí para a Torrinha, até ao 6º ano, inicia o 7º no colégio de Gaia, Gaia onde vivia já com a sua mãe, mas não gostou da escola e sentiu-se inadaptada, muda para o Carolina Michaelis aí, repete o 7º ano e continua até terminar o 12º ano. Ficam-lhe, as gratas recordações dessa infância e adolescência, bem no centro da Invicta, ainda hoje mantém com muito carinho algumas das amizades, vindas dessa época e desses locais.


A Sónia, com uma humildade quase eclética, descreve-nos o seu percurso académico, onde somadas já duas licenciaturas está hoje em vias de concluír uma terceira.

As razões, são o seu gosto pelas artes da imagem e da fotografia, o que a leva á primeira licenciatura, de 1999 a 2003, completa o curso superior de cinema e vídeo, na Escola Superior Artística do Porto. O interesse por viajar e conhecer novos lugares e novas estórias, explica a segunda licenciatura, esta em Turismo, no ISPGAYA, de 2005 a 2009, refere e bem, que ambas as licenciaturas são pré-Bolonha, o que hoje lhe poderia granjear o grau de Mestre, no sistema atual. De referir que o fez também no regime pós –laboral, como trabalhadora estudante.

A falta de opções, obriga-a a procurar novas competências, e já não falamos do Inglês ou do Francês que é como se sabe lugar comum em Portugal mas sim do Italiano em que fez formação e é proficiente.


Está hoje em nova licenciatura, é desta feita o Marketing a Publicidade e as Relações Públicas, no ISPAB, onde nos encontramos, busca assim, novos desafios e novos horizontes, diz-se a Sónia, preparada para o empreendedorismo, quem sabe uma empresa de Gestão de Eventos? e quem melhor ? (diria eu !).

O seu lema é “Hakuna Matata”[1] (uma frase do filme o Rei Leão), que explica com “um dia de cada vez, amanhã há mais um dia e outros dias virão e o que for mau vai melhorar”. Interessante filosofia de vida que descreve a calma e tranquilidade que se lhe vê no olhar.

Como passatempos a Sónia gosta de sair com os amigos e ler , o livro que a marcou é da Mafaldinha, (como amplamente sabemos!) tal como eu, a Sónia gosta de bricolage. Acrescenta ainda pequenas trabalhos em renda, mas sobretudo gosta mesmo é de praia e de Sol, coisas essas de que dispõe em abundância na sua nova casa em Esmoriz.


Uma mulher que não se deixou travar pela vida, nem uma família monoparental, nem uma lesão na coluna a impediram de seguir os seus sonhos e realizar, o que para muitos parece inatingível, obter uma formação académica invejável e ter a força e tenacidade, para certamente fazer muito mais, e ser o exemplo de que o sexo fraco, só existe nos fracos de mente, as mulheres estão cada vez mais, a dar o exemplo de conquista e de sucesso, pelo seu esforço e pela sua competência.

 

[1] “Hakuna Matata é uma frase do idioma suaíli, uma língua falada na África oriental, que significa "sem problemas" ou "não se preocupe".

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